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Estátisticas

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02 agosto 2012

Passo Firme

Quem segura esse cara?

Pela primeira vez, velocista amputado de duas pernas disputa uma olimpíada com atletas aptos com auxílios de próteses. Será esse o futuro do esporte?
A largada das provas eliminatórias dos 400 metros (uma volta inteira na pista) tem tudo para ser um daqueles momentos mágicos, inesquecíveis, que só uma Olimpíada é capaz de produzir. Quem fará o tempo congelar nas arquibancadas do Estádio Olímpico será o sul-africano Oscar Pistorius (foto), de 25 anos, o primeiro biamputado convocado para uma competição olímpica em 116 anos de história dos Jogos.
Sem a metade das duas pernas desde os 11 meses, devido a uma má-formação óssea, Pistorius correrá ao lado de atletas fisicamente aptos, com ajuda das próteses Cheetah, feitas de fibra de carbono, que usa desde 2004. Ele também vai participar do revezamento 4x400 metros.
A incluisão de Pistotius no time sul-africano deve-se aos resultados alcançados por ele recentemente. No ano passado, durante a prova classificatória para o campeonato mundial, disputada por não deficientes, Pistorius correu 400 metros em 45,07 segundos – 1,58 segundo atrás do recorde olímpico da categoria. É uma distância imensa, e dificilmente ele alcançará a final.
A convocação de Pistorius é controversa. Em janeiro de 2008, a Federação de Atletismo negou sua participação nas provas de Pequim por considerar suas próteses uma vantagem. Elas ajudariam a manter a velocidade e fariam o atleta gastar 25% menos energia do que os outros corredores. Munido de estudos clínicos que concluíram o contrário (veja o infográfico abaixo) – ele estaria em desvantagem –, Pistorius recorreu da decisão, revogada posteriormente.
A despeito das divergências, a importância da participação de Oscar Pistorius nos Jogos Olímpicos de Londres é inquestionável. Competir com atletas totalmente capacitados torna Pistorius um símbolo da superação de deficiências. Também faz dele o pioneiro do que pode ser uma nova era olímpica, na qual o aperfeiçoamento atlético incluirá o uso de próteses e outros aparatos tecnológicos.
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