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13 maio 2012

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RESENHA CRÍTICA "A PESSOA É PARA O QUE NASCE"
por Marcelo Hailer - marcelo.hailer@gmail.com
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A PESSOA É PARA O QUE NASCE - (Estúdio: TV Zero)
CRÍTICA - A PESSOA É PARA O QUE NASCE - Quantos artistas e pessoas comuns desenvolvem, ainda criança, atividades ou aptidões que vão lhe fazer ser, como se fosse algo natural, que já vem embutido no cérebro? O documentário “A pessoa é Para o que nasce”, que acaba de chegar às locadoras, trata disso: dom e fatalidade.
Três irmãs, cegas de nascença e cantoras, encontram o seu estar no mundo na música. Maria, Regina e Conceição são habitantes de Campina Grande, Paraíba, e cantam pelas ruas da cidade a fim de complementar a renda familiar, sustentada pela mísera aposentadoria.
É nessa rotina dura e realista das “Ceguinhas de Campina Grande”, como são conhecidas pela cidade, que nos sensibilizamos e tornamos íntimos das três vidas ali contadas com sinceridade e ternura. O trabalho de condução da câmera ajuda a termos essa sensação.
Aos poucos são elas que nos lembram da cegueira, fato esquecido ao conhecermos suas histórias de força, a melancolia de seus amores e a união em qualquer instância. Em todos os momentos, as irmãs transmitem uma energia forte e positiva rara.
Podemos ainda, observar na história a reação das cantoras quando aplaudidas, a fama, o encontro com Gilberto Gil, o efeito do documentário em suas vidas e, enfim, o reconhecimento, seguido pela volta a Campina Grande. É melancolia sublime.
Palmas para o trabalho de Roberto Berliner e equipe. Eles trouxeram à tona uma realidade de duas faces, onde em um lado vivemos uma indústria cultural que vira as costas pra trabalhos verdadeiros e propaga uma arte vazia, e no outro, pessoas que ainda pensam no Brasil e percorrem país afora atrás de artistas que fazem seus trabalhos com a alma e não com o pensamento fincado no cifrão.
Agora, por favor, imagine quantos artistas de ruas com talentos como os demonstrados pelas irmãs cegas, vivem a triste realidade de ver sua arte ser valorizada em uma moeda de vinte e cinco centavos! Este é o grande mérito do documentário, fruto das ruas da longínqua Campina Grande para as telas de cinema do Brasil.
As irmãs agradecem.
Gênero: Documentário
Duração: 84 min.
Direção: Roberto Berliner
Roteiro: Maurício Lissovsky
Fotografia: Jacques Cheuiche

FILME A PESSOA É PARA O QUE NASCE
Cena do Documentário A PESSOA É PARA O QUE NASCE (Foto Divulgação)

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