Proteção

Os pais em geral tendem a querer proteger os seus filhos, para que nada de mal aconteça com eles. Só que não é possível montar uma redoma e colocar a criança lá dentro, e assim não deixá-la viver. Rir, chorar, aprender lidar com as frustrações faz parte da vida. E as crianças precisam viver a vida.
Quando os pais têm um filho portador de necessidades especiais, a proteção ainda é maior, muitos pais não querem sequer que a criança vá à escola. Eles preferem que seu filho fique em casa, acreditam que isso é o melhor; assim a criança  fica longe do preconceito, da discriminação, das diferenças, ou seja, do mundo.
Será que isso acontece para que os pais protejam o filho ou a si mesmos do medo e  da dificuldade de lidar com todas  as  questões que gravitam em torno da vida de quem possui uma deficiência?
A criança deficiente e que, portanto, necessita de cuidados especiais, tem de conhecer o seu problema e suas limitações. Tem de saber também que  tem potenciais, que pode fazer diversas conquistas.  E para isso, nada melhor do que  viver uma vida comum, conhecer e enfrentar o mundo, ter prazeres com os momentos cotidianos.
Proteger os filhos é ajudá-los a caminhar, a construir novos caminhos, novas alternativas dentro de suas possibilidades reais.